segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

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JUSTIÇA PAULISTA EM RIBEIRÃO PRETO, PUNINDO SERVIDORES DA PRÓPRIA JUSTIÇA? ISSO É JÁ UM BOM COMEÇO. ATÉ ATINGIR JUÍZES E DEMAIS TOGADOS, PRECISAMOS TER UMA JUSTIÇA LIMPA DE LARANJAS PODRES, SEJAM QUEM QUER QUE SEJA


JUSTIÇA PAULISTA EM RIBEIRÃO PRETO, PUNINDO SERVIDORES DA PRÓPRIA JUSTIÇA? ISSO É JÁ UM BOM COMEÇO. ATÉ ATINGIR JUÍZES E DEMAIS TOGADOS, PRECISAMOS TER UMA JUSTIÇA LIMPA DE LARANJAS PODRES, SEJAM QUEM QUER QUE SEJA.

LEIA A REPORTAGEM - JORNAL A CIDADE - VERSÃO ON-LINE.

Justiça condena investigado em esquema de extorsão em Ribeirão Preto
Funcionário do Fórum teria fornecido informações para advogados acusados de aplicar golpes em famílias de réus de outros processos
Leonardo Santos | ACidadeON/Ribeirao
25/2/2019 13:39

Acusado teria repassado informações para advogados que praticavam a extorsão (foto: Milena Aurea / A Cidade - 2016)
A 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto condenou, a 4 anos e 7 meses de reclusão, um funcionário do Fórum de Ribeirão Preto acusado de participar de um grupo criminoso que aplicava golpes extorquindo famílias de réus em outros processos. O esquema foi descoberto pela Operação Coiote, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo. 

O juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira condenou o escrevente Paulo Rogério Poletto pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e violação de sigilo profissional. No entanto, a sentença deve ser cumprida em regime semiaberto e Poletto pode recorrer da decisão em liberdade.

O escrevente foi acusado de fornecer informações de processos e consultas de antecedentes criminais de processos que tramitam em segredo de Justiça, além de repassar detalhes da Operação Sevandija. 

Segundo a promotoria, os investigados, sendo a maioria deles advogados, teriam extorquindo pessoas com informações falsas de investigações e processos judiciais. Eles se passariam por promotores do próprio Gaeco, Juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). 

Também fazia parte do grupo um casal especializado em falsificação de documentos, que era investigado pelo Ministério Público. O casal é acusado de criar empresas fantasmas que atuavam na revenda de medicamentos desviados e roubados.  Segundo o Ministério Público, após a divulgação da operação Coiote pela imprensa, em maio de 2017, outras vítimas do esquema procuraram a promotoria relatando outros golpes praticados pelo grupo. 

No processo, os advogados de defesa de Paulo Rogério Poletto afirmaram que as acusações contra o escrivão não passavam de boatos e que não haviam elementos que comprovassem a participação dele no esquema. Eles ainda afirmam que a relação do acusado com os outros advogados investigado se deu por questões profissionais, já que ele trabalha no Fórum. 

Além do escrevente, foram oferecidas denúncias contra oito suspeitos de integrarem o grupo. O processo ainda está tramitando na Justiça. 

JUSTIÇA PAULISTA EM RIBEIRÃO PRETO, PUNINDO SERVIDORES DA PRÓPRIA JUSTIÇA? ISSO É JÁ UM BOM COMEÇO. ATÉ ATINGIR JUÍZES E DEMAIS TOGADOS, PRECISAMOS TER UMA JUSTIÇA LIMPA DE LARANJAS PODRES, SEJAM QUEM QUER QUE SEJA.

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Quadrilha investigada na Operação Coiote movimentou R$ 500 mil em 2016.
Gaeco pediu à Justiça conversão da prisão temporária em preventiva de 4 dos 5 presos na operação.
Micaela Lepera | ACidadeON/Ribeirao 12/5/2017 19:28



Gaeco de Ribeirão Preto pediu a conversão de quatro das cinco prisões temporárias em prisões preventivas (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)
O grupo acusado de extorquir familiares de presos ou réus em processos judiciais movimentou mais de R$ 500 mil no ano passado, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). 

A quadrilha foi desmantelada na Operação Coiote, deflagrada no último dia 4.

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O Gaeco pediu, nesta sexta-feira (12), a conversão das prisões temporárias de Luciana Andrea do Nascimento, Daniel da Silva, Marco Antônio Zacarias e Paulo Rogério Poletto em prisões preventivas.

Apenas a advogada Ana Paula Vargas Mello poderá ser solta por não representar, neste momento, um risco à instrução, de acordo com o promotor de Justiça Leonardo Romanelli.
No total, 31 pessoas foram ouvidas e 8, denunciadas. Sete delas por exploração de prestígio, extorsão, estelionato, falsificação de documentos públicos, denunciação caluniosa e favorecimento real.

Já o escrevente Paulo Poletto responderá por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional. “São crimes graves, que afetam a imagem do Poder Judiciário, a credibilidade da própria Justiça”, afirmou Romanelli.

O grupo entrava em contato com as vítimas ou familiares de presos e as extorquia ou vendia falsas vantagens em troca de pagamentos. Os acusados prometiam desde a suspensão das investigações até a conquista de habeas corpus para soltar presos.

Quando as vítimas não aceitavam a oferta, a quadrilha manipulava cópia dos processos judiciais e inseria informações falsas, implicando as vítimas em crimes para convencê-las a pagar pelos serviços do bando.

“O balcão do cartório [da 4ª Vara Criminal] se transformou em um verdadeiro balcão de negócios”, disse o promotor de justiça Frederico Mellone de Camargo se referindo ao escrevente Paulo Poletto.

/NOT,2,2,1246031,Quadrilha+investigada+na+Operacao+Coiote+movimentou+R+500+mil+em+2016.aspx

Bando tentou fraudar planilha de Plastino para extorquir servidor
É o que revelam as interceptações feitas pelo Gaeco com autorização judicial durante a investigação
Lucas Catanho | ACidadeON/Ribeirao 9/5/2017 08:07


Marcelo Plastino era um dos investigados na Operação Sevandija (foto: Weber Sian/ A Cidade)
Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça revelam que a quadrilha acusada de vender falsos benefícios judiciais – habeas corpus, suspensão de investigação e sumiço de provas em processos – tentou extorquir Alcides Rocha Júnior, braço-direito de Marco Antônio dos Santos, ex-superintendente do Daerp e um dos réus da Operação Sevandija.

As escutas mostram que Luciana Andrea do Nascimento, um dos cinco presos na última quinta-feira com a deflagração da Operação Coiote, determinou a Daniel da Silva, outro investigado preso, que fraudasse um documento apreendido na casa do empresário Marcelo Plastino para incriminar Alcides.
Segundo A Cidade apurou, Alcides atuou como chefe da Divisão de Seleção, Recrutamento e Treinamento da Secretaria Municipal da Administração na época em que Marco Antônio chefiava a pasta. O Diário Oficial do Município mostra que Alcides foi exonerado do cargo em 31 de dezembro de 2016.

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Nas gravações, Luciana manda Daniel inserir falsamente o nome de Alcides nas planilhas de Plastino, com a intenção de convencê-lo a pagar para ter seu nome retirado das acusações.

Em um dos trechos da interceptação, Luciana diz a Daniel que já havia ligado para Alcides e avisado que o nome dele também estava envolvido.

 “Tem que colocar que ele ajudava tanto a Dárcy Vera quanto ele (Marco Antônio), na parte do Daerp e da Coderp. (...) E aí, chuta um valor para você colocar. Só de ele (Alcides) ver o nome vai entrar me choque”. 

Ambos ainda conversam sobre um meio de chegar a Marco Antônio, que em dezembro estava preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Ribeirão.

A intenção do bando, segundo o Gaeco, era chegar até Marco Antônio, preso desde o dia 17 de março pela Operação Sevandija, para que o bando oferecesse os falsos benefícios judiciais em troca de propina.


“Ele [Alcides] vai conversar com a mulher do cara [do Marco] pra ela me receber lá. Ela me recebendo lá, peço pra escrever uma carta pra receber o marido dela. Depois achar um advogado que entra lá no CDP e fala com ele”.

Testemunhas confirmam assédio do bando
Em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), testemunhas e vítmas confirmaram ter sido procuradas e recebido oferta de solução para processos judiciais mediante pagamento para subornar autoridades.


Ontem, o Gaeco ouviu também os cinco acusados de integrar a quadrilha. As mulheres foram interrogadas na Cadeia de Cajuru, e os homens, no CDP de Ribeirão Preto. Segundo o promotor Leonardo Romanelli, todos estavam acompanhados de seus respectivos advogados e puderam apresentar suas versões. O promotor, no entanto, não revelou o conteúdo dos depoimentos.

O Tribunal de Justiça informou, por meio da assessoria de imprensa, que será aberto PAD (procedimento administrativo disciplinar) para apurar a conduta do servidor da 4ª Vara Criminal de Ribeirão, Paulo Rogério Poletto, preso acusado de vender informação sigilosa ao bando.

Prisões prorrogadas

A Justiça deferiu ontem a prorrogação da prisão temporária dos cinco acusados de vender falsos benefícios judiciais – os advogados Marco Antonio Zacarias e Ana Paula Vargas, o escrevente Paulo Poletto, Daniel Silva e Luciana Andrea do Nascimento. Segundo o promotor Leonardo Romanelli, a prorrogação da prisão é necessária para evitar que os réus tenham contato com testemunhas que ainda restam para ser ouvidas e “afinem ou construam versões.”




O promotor Leonardo Romanelli (foto: F.L.Piton / A CIDADE - 07.jul.2015)



domingo, 3 de fevereiro de 2019

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